sexta-feira, 3 de setembro de 2010

REFORMISSÃO

Como ultrapassar barreiras culturais para levar o Evangelho, sem comprometer o conteúdo? A resposta para esta questão é o modelo de evangelização que o Pastor Mark Driscoll chama de REFORMISSÃO


Driscoll, no seu livro Reformissão, oferece três equações para caracterizar os movimentos principais de evangelização e os “tipos de cristianismo”:

Evangelho + Cultura – Igreja = Movimento Para-eclesiástico.

É o que ocorre quando cristãos ficam tão frustrados com a igreja que tentam levar o Evangelho para a cultura, sem levar a igreja. O problema é que ao conectar as pessoas com Jesus, sem conectá-las as outras pessoas que seguem Jesus, estes ministérios deixam os novos na Fé em imaturidade teológica e sem incentivo ou recursos para produzir fruto e evangelizar outros.

Mark Driscoll diz: Os movimentos para-eclesiásticos tendem a amar ao Senhor e amar os vizinhos, sem amar os irmãos em Cristo.

Cultura + Igreja – Evangelho = Liberalismo

São as igrejas que querem ser culturalmente relevantes e se preocupam em se envolver com a cultura, negligenciando o Evangelho.

São os ministérios que ganharam relevância se envolvendo com o tecido social, político e cultural e levaram as pessoas às boas obras, mas apresentaram um “evangelho” de acomodação, que não leva à Fé pelo arrependimento, para uma verdadeira transformação.

Cristãos liberais tendem a denunciar os pecados institucionais, mas são reticentes ao comentar os pecados pessoais, por estarem em desacordo com o “senso comum” da sua cultura.

Para Driscoll, os liberais correm o risco de amar os seus irmãos e os seus vizinhos às custas do amor ao Senhor.

Igreja + Evangelho – Cultura = Fundamentalismo

Algumas igrejas estão mais voltadas para a sua denominação, tradição, arquitetura e governo do que para o Evangelho. Embora conheçam o Evangelho teologicamente, elas raramente o levam para fora de suas paredes.

Nestas comunidades as pessoas amam a igreja e seus membros, mas falham terrivelmente no amor as pessoas perdidas dentro da cultura em que se inserem e isto levanta dúvidas em relação ao seu amor por Jesus, visto que a ênfase do Mestre sempre foi o pecador...

Os pastores destas igrejas são esforçados em manter suas ovelhas longe do pecado, mas também do IDE de evangelizar o perdido.

São boas igrejas para manter as pessoas em seu meio, mas péssimas em preparar as pessoas para irem para FORA influenciar a cultura positivamente. Tendem com o tempo, a se perder num gueto que, invariavelmente, constrói doutrinas legalistas como uma barreira à cultura, mas que acabam se tornando uma barreira ao Evangelho.

É comum os cristãos fundamentalistas amarem ao Senhor e seus irmãos, mas não amarem seus vizinhos.

A reformissão surge como uma proposta de evangelização que reúne os melhores aspectos dos três tipos de cristianismo tratados acima. Ou seja, a reformissão é viver a tensão de ser um cristão e uma igreja cristã culturalmente liberal, ao mesmo tempo que teologicamente conservadora, sendo impulsionada pelo Evangelho da Graça a amar a seu Senhor, a seus irmãos em Cristo e a seus vizinhos, sejam eles inseridos em que subcultura for.


Fonte: Genizah

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